segunda-feira, 18 de abril de 2011

Impossibilidade

Diante da impossibilidade de consumar a morte, vivo já moribunda. Que grande cartada.

Vazio

Se fosse possível descrever a dor que abarca meu peito em palavras, talvez eu pudesse me sentir mais livre, mais feliz, e mais leve. Parece me corroer por dentro, como um ácido, que vagarosamente mata as células do meu corpo. Que dor insuportável. Que peso. Quisera eu poder dividi-lo com mais de uma pessoa, além de minha única amiga, que só por me ouvir, me parece mais pesada.
Vem um choro, um gritar, dentro de mim. Ondas de raiva. Rios de sangue. Porosidades. O que fazer com isso? Como fazer? Não sei. Sinceramente, não sei. O que eu realmente gostaria é de dar adeus ao mundo, e ao meu corpo, e enfrentar os suplícios do Inferno. Devem ser bem menos dolorosos do que viver neste corpo, embaixo desta pele inflexível, desonesta. Poder sofrer em espírito parece racionalmente melhor, uma vez que, espírito não tem forma, não tem coração (que dói como o inferno!), não tem nada.